segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A importância de uma fundamentação bíblica-teológica para a VRC na perspectiva laical

Cristologia interpreta a natureza, a vida e a missão de Jesus em uma perspectiva sacerdotal diferente da perspectiva da irmandade. É importante, portanto, aprofundar e produzir uma reflexão teológica que parta da perspectiva de Jesus irmão e que contribua para uma eclesiologia mais fraterna em um âmbito mais amplo e uma Vida Religiosa Consagrada mais próxima à sua identidade originante.
Com a sua prática e a sua pregação, Jesus propõe novos critérios para os laços de fraternidade. Já não bastam o critério biológico e o clânico, insuficientes para abarcar a proposta de Deus. Pois, “Aqui estão minha mãe e meus irmãos, porque todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mt 12,49s) .
Por esta razão, fazer a vontade do Pai constitui o critério de irmandade e de pertença ao Reino inaugurado por Jesus e, nesse sentido, o autor da Carta aos Hebreus entende a vida e a missão de Jesus.

Para aprofundar:
a)      Qual é, para mim, a relação de Jesus irmão com a mãe Igreja?
b)      Como consagrados, de que forma vivo e/ou testemunho a pertença à família humana, religiosa e eclesial?
c)      Qual é a vontade de Deus para minha vida neste momento/circunstância?

Por ter-se feito irmão do gênero humano é que Jesus operou a salvação da humanidade e de todas as demais criaturas: “De fato, Deus, por quem e para quem todas as coisas existem, queria conduzir para a glória um grande número de filhos. Em vista disso, pareceu-lhe conveniente levar à consumação, por meio do sofrimento, o Iniciador da salvação de todos eles. Pois, tanto aquele que santifica, como aqueles que são santificados, todos têm a mesma origem. Por isso, ele não se envergonha de chamá-los irmãos, dizendo: ‘Anunciarei o teu nome aos meus irmãos, e no meio da assembleia cantarei os teus louvores’” (Hb 2,10-12).
Para Paulo, cada indivíduo, feito à imagem de Jesus, o irmão por excelência, é predestinado a viver irmanado com seu semelhante humano.
Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem dos que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o projeto dele. Aqueles que Deus antecipadamente conheceu, também os predestinou a serem conformes à imagem do seu Filho, para que este seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8,28,s).

Para aprofundar:
a)      O que significam, para mim, os irmãos e as irmãs de diferentes crenças, culturas e classes sociais?
b)      O que dizem ou deveriam dizer as orientações de minha congregação a respeito da minha resposta sobre a pergunta acima?
c)      Como me relaciono com os leigos não consagrados: em igualdade, superioridade, inferioridade, por quê?

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