sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Um bom livro.

A Experiência Interior
A Experiência Interior
Fielmente compilado por William Shannon, o último livro de Merton nos apresenta tanto o sentido quanto a prática diária da contemplação, que é o coração da vida monástica e, na verdade, de toda experiência religiosa. Merton não se sentia à vontade para publicar o texto e ainda o estava revisando quando de sua morte repentina

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Vida contemplativa através das obras de Thomas Merton


Quando vivemos de maneira contemplativa, a nossa vida cotidiana se torna a nossa vida espiritual. Nós conscientemente atender nossos relacionamentos através de uma consciência mais profunda da nossa conexão e comunhão com os outros. Vida contemplativa é um poderoso catalisador de mudança que nos leva a uma sensação de bem-estar, gratidão e uma compreensão mais clara do nosso propósito de vida.
Enquanto vivia de maneira contemplativa começa com a própria pessoa, que nos convida a ser participantes ativos em todo o mundo que nos rodeia. Somos levados a abranger não só a nossa auto verdade, mas para aprofundar nosso relacionamento com Deus, a humanidade, e toda a criação.
Vida contemplativa nos encoraja a explorar as nossas crenças, as ilusões, atitudes e suposições. É através da nossa reflexão das experiências cotidianas que descobrimos as profundezas de nossas verdades interiores. Através desta reflexão, descobrimos quem somos e como somos chamados a ser na maior comunidade. Ao viver contemplativamente nós liberamos as distrações da vida e aprofundar a nossa consciência do que é verdadeiramente importante.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

A importância de uma fundamentação bíblica-teológica para a VRC na perspectiva laical

Cristologia interpreta a natureza, a vida e a missão de Jesus em uma perspectiva sacerdotal diferente da perspectiva da irmandade. É importante, portanto, aprofundar e produzir uma reflexão teológica que parta da perspectiva de Jesus irmão e que contribua para uma eclesiologia mais fraterna em um âmbito mais amplo e uma Vida Religiosa Consagrada mais próxima à sua identidade originante.
Com a sua prática e a sua pregação, Jesus propõe novos critérios para os laços de fraternidade. Já não bastam o critério biológico e o clânico, insuficientes para abarcar a proposta de Deus. Pois, “Aqui estão minha mãe e meus irmãos, porque todo aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe.” (Mt 12,49s) .
Por esta razão, fazer a vontade do Pai constitui o critério de irmandade e de pertença ao Reino inaugurado por Jesus e, nesse sentido, o autor da Carta aos Hebreus entende a vida e a missão de Jesus.

Para aprofundar:
a)      Qual é, para mim, a relação de Jesus irmão com a mãe Igreja?
b)      Como consagrados, de que forma vivo e/ou testemunho a pertença à família humana, religiosa e eclesial?
c)      Qual é a vontade de Deus para minha vida neste momento/circunstância?

Por ter-se feito irmão do gênero humano é que Jesus operou a salvação da humanidade e de todas as demais criaturas: “De fato, Deus, por quem e para quem todas as coisas existem, queria conduzir para a glória um grande número de filhos. Em vista disso, pareceu-lhe conveniente levar à consumação, por meio do sofrimento, o Iniciador da salvação de todos eles. Pois, tanto aquele que santifica, como aqueles que são santificados, todos têm a mesma origem. Por isso, ele não se envergonha de chamá-los irmãos, dizendo: ‘Anunciarei o teu nome aos meus irmãos, e no meio da assembleia cantarei os teus louvores’” (Hb 2,10-12).
Para Paulo, cada indivíduo, feito à imagem de Jesus, o irmão por excelência, é predestinado a viver irmanado com seu semelhante humano.
Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem dos que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o projeto dele. Aqueles que Deus antecipadamente conheceu, também os predestinou a serem conformes à imagem do seu Filho, para que este seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8,28,s).

Para aprofundar:
a)      O que significam, para mim, os irmãos e as irmãs de diferentes crenças, culturas e classes sociais?
b)      O que dizem ou deveriam dizer as orientações de minha congregação a respeito da minha resposta sobre a pergunta acima?
c)      Como me relaciono com os leigos não consagrados: em igualdade, superioridade, inferioridade, por quê?

sábado, 3 de setembro de 2011

Os Irmãos franciscanos de Canaã.


Em meados da década de 1960, Deus mostrou que ali em Canaã haveria uma Irmandade de Irmãos, com a mesma vocação de servir em Canaã, no espírito do primeiro amor por Jesus.
 Assim como o nome “Irmandade de Maria” indica o objetivo espiritual de seguir a Jesus até a cruz, segundo o exemplo de Maria, a Sua mente, assim também São Francisco de Assis é, em sentido especial, o exemplo para os Irmãos Franciscanos de Canaã. Na vida de São Francisco podemos ver o sinal e as bênçãos de um homem dedicado a Deus, inspirando cristãos através dos séculos.
40º  Aniversário:
Repetidasvezes encontramos pessoas que olham interessadas para nós e reagem com surpresa, quando compartilhamos quem somos e o que fazemos: Oh, em Canaã existem Irmãos também? Nós não sabíamos!
Realmente existimos B já há 40 anos B alguns de nós desde o início, mas a maioria veio mais tarde. Pelo fato de sermos apenas um pequeno grupo e não envolvidos tanto com o ministério ativo fora de Canaã, não somos tão conhecidos.
Assim, pois, o que leva um rapaz a fazer parte de uma comunidade, composta predominantemente por mulheres?
Acima de tudo, existe um chamado de Deus e Sua orientação na vida individual de cada Irmão. Cada um de nós poderia compartilhar pessoalmente a sua história de como descobriu o amor de Deus por meio de Jesus Cristo, e como tornou-se cada vez mais forte o anseio do seu coração: Quero amar a Jesus acima de tudo o mais, porque Ele me amou tanto. Em nossas fundadoras, Madre Basilea e Madre Martyria, bem como nas Irmãs, podíamos ver uma alegria tão radiante, que nenhum ser humano por si mesmo pode produzir. Será que isto seria também possível para nós, homens?
Por que existem apenas Irmãs de Maria? Por que não há Irmãos de Maria? Essa questão foi resolvida em 1967. Nessa época as duas madres da Irmandade Evangélica de Maria aceitaram alguns homens na comunidade como Irmãos Franciscanos de Canaã. Embora não tenhamos o mesmo nome, Maria, a mãe de Jesus, em sua vida singular de fiel discipulado, tem sido da mesma forma um exemplo brilhante para nós.
São Francisco! Quão fascinante é este homem simples e despretensioso de Assis. Muitos anos antes da fundação da nossa fraternidade, a vida e o exemplo de São Francisco tiveram um profundo significado para a Madre Basilea, abençoando-a ricamente. Ela compartilha o seguinte no prefácio do seu livreto, O Mundo de São Francisco (não traduzido em português):
Em sua personalidade, seu caráter e sua vida descobri a mensagem do Evangelho: "Se não vos tornardes como crianças... Graças te dou, ó Pai, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos, aos fracos e ignorantes..."
O cativante coração infantil e humildade de Francisco de Assis, que se tornaram a fonte de todo poder e autoridade no seu ministério por Jesus, tocaram o meu coração. O ardente amor por Jesus, nascido do arrependimento, a estreita comunhão do coração com Jesus, quem é a fonte de toda a alegria. Tudo isso eu podia ver na vida de S.Francisco. Isso fortaleceu em mim o desejo de amar mais a Jesus. Dos resultados da vida e discipulado de S.Francisco, percebi que somente o amor ardente por Jesus traz a solução para os problemas e dificuldades na Igreja e no mundo,  como foi demonstrado em certo sentido na sua época.
 Não podemos imaginar adequadamente a influência tremenda que Francisco exerceu em sua época. Dentro de alguns anos havia cerca de 5.000 homens que seguiam o seu exemplo. Anteriormente, ele tinha levado uma vida semelhante a muitos outros rapazes do seu tempo e, contudo, havia um grande anseio em seu coração por algo mais profundo e autêntico. No entanto, ele havia ignorado isso por muito tempo. Ele provavelmente percebeu que esse anseio interior não poderia ser satisfeito, sem antes desprender-se de várias outras coisas. Ele ouviu então o chamado extraordinário: Francisco, vá e restaura a Minha casa! Não era ele uma pessoa para quem a igreja significava tão pouco? Mas Francisco atendeu a esta voz e reconheceu Aquele que lhe havia falado: Jesus Cristo.
Até os dias de hoje este chamado também nos move profundamente: Vem, e segue-Me! Dessa forma, cada Irmão tem experimentado um chamado muito pessoal do Senhor, para responder ao Seu amor, deixando seu lar e familiares, e consagrando-se inteiramente a Jesus e à maneira como Ele nos dirige, e para alguns isto significou um vôo sobre o oceano.
Na sua carta do Jubileu de 60 anos, em 2007, as Irmãs compartilharam a respeito dos carismas originais (adoração, arrependimento, caminhos de fé, etc), que basicamente surgiram do caminho pelo qual foram conduzidas as nossas duas Madres. Na época em que nós, Irmãos, começamos a participar da comunidade, as Irmãs já haviam partilhado a vida comunitária durante vinte anos e colocado os alicerces para toda a nossa comissão. A nossa fundação não correspondeu a eventos tão dramáticos como a destruição da cidade de Darmstadt, a 11 de setembro de 1944, conforme nos relataram as Madres e Irmãs. Nem mesmo tivemos que construir nossa própria casa. Quando chegamos, Canaã estava praticamente estabelecida, embora no decorrer dos anos estivéssemos envolvidos em vários projetos de construção. Contudo, como poderemos continuar edificando sobre esses fundamentos, enquanto trabalhamos ao lado da Irmandade?
Mesmo nos primeiros anos da fraternidade, já estivemos envolvidos em alguma medida nos retiros  e serviços em outros lugares. Dessa maneira pudemos adquirir experiência em compartilhar a mensagem espiritual da nossa comunidade com outras pessoas, e ainda continuamos a ministrar aos nossos visitantes masculinos. Entretanto, na maior parte do tempo nossos talentos e habilidades foram aplicados principalmente em áreas técnicas, mecânicas e em jardinagem. Em todas essas atividades, a nossa vida espiritual tem crescido de maneira escondida. Debaixo das pressões do dia-a-dia, repetidamente elevamos as nossas falhas e insuficiências ao Senhor e experimentamos a cura para o nosso coração. Chegamos assim a conhecê-lO melhor e aprendemos como testemunhar das nossas experiências com Jesus. É um contínuo processo de crescimento, embora às vezes nos pareça que estamos regredindo. Entretanto, visto que o nosso Pai celestial cuida ternamente de nós, vivemos na expectativa de como Seus planos serão desenrolados para nós, e de como poderemos continuar complementando-nos como Irmãos e Irmãs.
Desejamos aceitar renovadamente esse desafio, em agradecimento por tudo que temos recebido das nossas Madres e Irmãs. Mesmo que a nossa vida em muitos aspectos não corresponda aos ideais dos tempos atuais, e não tenhamos muito para apresentar em termos de padrões terrenos, ainda assim desejamos cada vez mais tornar-nos canais úteis para o Senhor. Procuramos viver e andar no caminho do primeiro amor a Deus. Na verdade, para nós homens também, este é o caminho do amor nupcial por Deus, o amor profundo e exclusivo.
Deus tem nos carregado através de altos e baixos nos 40 anos passados, durante tempos de crescimento e ministérios específicos, mas também através de períodos de poda e redução. Alguns homens compartilharam a nossa vida comunitária por um período mais longo ou mais curto, sendo dirigidos então de maneira diferente. A sua saída muitas vezes foi dolorosa para ambas as partes. Mas nós confiamos no Senhor que Ele nos guiará ao longo do nosso caminho especial e incomum e nos sustentará para a Sua glória.
Se Francisco de Assis andava chorando pelas ruas no seu tempo, lamentando o amargo sofrimento do nosso Senhor, não deveríamos fazê-lo muito mais hoje, quando Ele raras vezes é tomado a sério? S.Francisco anelava de todo coração que Deus fosse reconhecido e amado, e que as pessoas deixassem seus velhos caminhos e tivessem um novo encontro com Deus.
Assim, nesse quadragésimo aniversário da nossa fundação, oramos para que que esse fervor de glorificar a Deus seja novamente despertado em nossa vida. Nos dias de hoje sofremos a dor pelo nosso mundo ímpio sem Deus. Entretanto, também nós, os cristãos, precisamos perguntar-nos onde temos obstruído ou obscurecido a visão das outras pessoas, porque as confundimos ou ferimos através da nossa imaturidade ou cristianismo superficial. Queremos viver hoje na presença de Deus a fim de testemunhar: ELE vive, ELE nos criou, ELE nos redimiu e ELE completará a obra que começou em nós. Que Ele guie a cada um de nós, e a muitos outros que O amam, para o alvo que Ele carregou por nós em Seu coração desde a fundação do mundo.
 Os Irmãos Franciscanos de Canaã
Final de 2007
Endereço: Heidelberger Landstrasse 107, 64297 Darmstadt, Alemanha

Como Tudo Começou......



Reavivamento
    11 de Setembro de 1944: Darmstadt é destruída por um ataque aéreo; mais de 12.000 pessoas estão mortas... Durante anos as nossas Madres haviam orado por um reavivamento nos grupos de estudos bíblicos para moças que elas lideravam; agora, suas orações haviam sido atendidas -mas de maneira diferente daquela que haviam esperado. Naquela noite, as moças conheceram a Deus em Sua santidade, como Juiz e Senhor sobre a vida e a morte. Nada podia ficar escondido; nenhum cristianismo morno poderia manter-se em Sua presença santa.
    Em seguida àquela noite de terror, houve um movimento dentre as moças, para que  trouxessem à luz o pecado e  recebessem o perdão. "Onde existe perdão dos pecados, há também vida e salvação" (Martinho Lutero). O momento de Deus havia chegado. Das cinzas surgiu vida nova.
 
Tem início uma nova Irmandade Evangélica

30 de março de 1947: Cerimônia inaugural da Irmandade, na casa dos pais da Madre Basilea, chamada "Casa Steinberg", que havia, em grande parte, escapado ao bombardeio.
O co-fundador, Paul Riedinger, um Pastor-Superintendente da Igreja Metodista (f. 1949), deu à Irmandade o nome de Maria, a mãe de Jesus, que exemplificava a fé e a dedicação à vontade de Deus, seguindo Jesus até à cruz. As primeiras Irmãs eram na maioria da igreja luterana, mas atualmente a Irmandade conta com membros de muitas denominações evangélicas, procedentes de 18 nacionalidades.

Construída Somente com a Ajuda de Deus
Em maio de 1949, a Madre Basilea sentiu-se interiormente dirigida a construir uma capela para o Senhor Jesus, onde Ele receberia adoração. E como no espaço apertado da Casa do Morro das Pedras não poderiam ser aceitas novas Irmãs, deveria também ser construída uma Casa Matriz.
Tudo o que possuíamos eram 30 marcos. Mas o nosso financiador seria o Senhor - como até mesmo o departamento de obras chegou a aceitar! "O nosso socorro está em o nome do Senhor, criador do céu e da terra" (Salmo 124.8), foi o versículo que Ele nos deu para esta construção.
Até aos dias de hoje, os visitantes que chegam a entrada da Casa Matriz, são saudados por este estandarte que proclama: "Construída somente com o auxílio do Senhor, que fez o céu e a terra -e pela fé em nosso Senhor Jesus Cristo." A nossa Capela da Casa Matriz é um testemunho do Senhor, cujo nome é Sim e Amém e que pode criar algo novo dentre as ruínas, pois esta construção foi literalmente edificada com tijolos retirados dos escombros da nossa cidade.

Confiando em Deus para as nossas necessidades diárias
As orações por materiais de construção e por dinheiro para as despesas, foram estendidas para confiarmos em Deus para o pão nosso de cada dia. Completamente dependentes da bondade do nosso Pai Celestial, jamais ficamos desapontadas. Atualmente, sendo enviadas ao estrangeiro duas a duas, ou cozinhando como as nossas Irmãs na cozinha em Canaã, para aproximadamente 200 pessoas, diariamente, cada uma de nós pode testemunhar como o Pai cuida de nós pessoalmente com amor - algumas vezes de maneira bem original.
Nossos Preceitos
Uma visita da Madre Basilea ao Monte Sinai em 1963, resultou nos "Preceitos de Canaã", uma aplicação prática dos Dez Mandamentos e do Sermão da Montanha (temos na nossa loja on-line o livro "A Alegria do Meu Coração"). Amar, perdoar, compartilhar, dar a outra face, confiando em Deus em todas as situações - estas são as leis que Deus deu para o reino do céu.Elas funcionam. Quando um grupo todo de pessoas as seguem, em amorosa obediência, Ele  faz ali a Sua morada, conforme prometeu (João 14.23).
De Nossos Preceitos
Arrependa-se diariamente – e você terá cada dia um gostinho do Reino dos Céus. E quanto maior for o seu arrependimento, tanto mais amplamente abrir-se-lhe-ão os portais para o Reino dos Céus.Salmo 51.7,8
Dirija-se àquele contra o qual você tenha algo em seu coração – ou ele contra você – e reconcilie-se, e a oração alcançará os céus e terá poder. Mateus 5.23,24.
Quando você encontrar alguém, deixe que a sua saudação ao outro seja uma bênção – e Deus, por Seu lado, há de abençoar você lá dos céus. 1 Pedro 3.9b Ouça e faça o que Jesus diz: Creia e conte com Sua vitória, Suas promessas, e você há de contemplar Sua vitória e a glória de Deus - tanto aqui como na eternidade. Deus se revela aos olhos da fé. Marcos 5.36b